segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Reforma Religiosa

Introdução

No inicio do século XVI, a mudança na mentalidade das sociedades européias repercutiu também no campo religioso. A igreja, tão onipotente na Europa medieval, foi durante criticada. Além disso, uma serie de questões propriamente religiosas colocavam a igreja como alva da critica da sociedade: A corrupção do alto clero, a ignorância religiosa dos padres comuns e os novos estudos teológicos. As insatisfações acumularam de tal maneira que desencadearam um movimento de ruptura na unidade cristã: A Reforma Protestante. Pelo fato do processo de reformas religiosas teve inicio no século XVI. Podemos destacar como causas dessas reformas: Abusos cometidos pela igreja católica e uma mudança na visão de mundo, fruto do pensamento renascentista.


Fatores da Reforma

1)A crise interna a igreja era caracterizada pelo comportamento imoral de parte do clero.A simonia era uma pratica comum, secular, caracterizada pela venda de objetos considerados sagrados ou a venda de cargos religiosos.Os grandes senhores feudais compravam cargos eclesiásticos como forma de aumentar seu poder ou garantir uma fonte de renda para seus filhos, originando um processo conhecido como “investidura leiga”,principalmente no sacro império.A preocupação com as questões materiais – podes e riqueza- levou principalmente o alto clero a um maior distanciamento das preocupações religiosas ou mesmo de caráter moral.
2)A igreja desde a idade media procurava regular a atividade econômica a partir de seus dogmas e nesse sentido condenava o lucro e a usura (empréstimo de dinheiro a juros) inibindo a atividade mercantil,burguesa.
3) A ascensão de poder real; no século XVI formava-se ou consolidava-se o absolutismo em diversos países europeus e o controle da igreja ou da religião passou a interessar aos reis como forma de ampliar ou legitimar seu poder,explicando a intolerância religiosa que marcara a Europa .O melhor exemplo desse vinculo entre a nova forma de poder e a religião surgirá na Inglaterra com a criação de uma igreja nacional,subordinada a autoridade do rei.
4)A mentalidade renascentista refletiu o desenvolvimento de uma nova mentalidade,caracterizada pelo individualismo e pelo racionalismo e ao mesmo tempo permitiu o desenvolvimento do senso critico, impensável ate então, determinado um conjunto de criticas ao comportamento do clero.

Antecedentes



A reforma do século XVI foi precedida por varias manifestações ao monopólio da igreja sobre a religiosidade e contra o comportamento imoral do clero: a heresia medieval, a querela das investiduras, o cisma do oriente e os movimentos reformadores.
Os principais precursores da reforma foram John Wycliffe e Jan Huss. Wycliffe nasceu, viveu e estudou na Inglaterra no século XIV onde desenvolveu uma “teoria da comunidade invisível dos eleitos” e defendeu também a devolução dos bens eclesiásticos ao poder temporal, encarnado pelo soberano. Em 1381 defendeu em público a insurreição camponesa.
Jah Huss nasceu em 1373 na Boêmia onde estudou, ordenou-se e adquiriu grande popularidade com seus sermões, marcados pela influência de Wycliffe, carregados de criticas aos abusos eclesiásticos. Suas criticas foram radicalizadas na obra de Eclésia (sobre a igreja). Condenado pelo concílio de Constança foi queimado em 1415.

Novas interpretações da Bíblia



Com a difusão da imprensa, aumentou o numero de exemplares da bíblia disponíveis aos estudiosos, e um clima de reflexão critica e de inquietação espalhou-se entre os cristãos europeus. Surgia, assim, uma nova vontade individual de entender as verdades divinas, sem a intermediação dos padres.

Corrupção do clero

Analisando o comportamento do clero, diversos cristãos passaram a condenar energicamente os abusos e as corrupções, a simonia (venda de objetos sagrados). Além do comércio de relíquias sagradas, a igreja passou a vender indulgências (o perdão dos pecados). Multiplicavam-se os casos de padres envolvidos em escândalos amorosos, de monges bêbados e de bispos que vendiam os sacramentos, acumulando riquezas pessoais. Esse mau comportamento do clero representava serio problema ético-religioso, pois a igreja dizia que os sacerdotes eram os intermediários entre os homens e Deus.



Martinho Lutero



Nasceu em 1483 na cidade de Eisleben. Iniciou os estudos de direito em 1505 e os abandonou no mesmo ano, trocando-o pela vida religiosa, sem o apoio do pai. Tornou-se monge e depois padre. Apesar de dedicado a igreja, sempre esteve atormentada por duas grandes duvidas: O poder da salvação atribuído a lugares santos e posteriormente a venda de indulgências.
No inverno de 1510 – 11 foram a Roma em missão de sua ordem e visitou lugares sacros; em um deles, para que uma alma se libertasse do purgatório, teve que recitar um pai nosso em latim a cada degrau da escada sagrada. Professor na Universidade de Winttenberg aprofundou seus estudos bíblicos e passou acreditar que a salvação não dependia do que as pessoas fizessem, mas daquilo em que acreditassem. Já não considerava Deus como um contador com quem ganhar, ou um juiz severo a ser aplacado com boas ações. Cristo viera para salvar a fé no próprio Deus. Muitos dos princípios da igreja pareceram irrelevantes à Lutero especialmente suspeitos eram: A noção do que Deus recompensa um cristão na proporção da orações, peregrinações ou contribuições; o culto dos santos e de suas relíquias e a venda de Indulgências.
A venda de indulgências pode ser considerada como a gota d’água para o movimento reformador. No interior do Sacro Império, o pregador Johann Tetzel era o responsável pela venda do perdão; para ele não era preciso o arrependimento do comprador das indulgências para que elas fossem eficazes. Oficialmente Tetzel estava levantando fundos para a reconstrução da basílica de São Pedro, em Roma, mas ao mesmo tempo estava a serviço do arcebispo de Mainz, endividado junto ao banco de fugger. Esse foi o memento em que Lutero percebe que as críticas internas à igreja não surtiriam efeito, aliás, críticas que eram feitas antes de 1517, quando publicou as “95 teses”, tornando suas críticas publicas e tornando-se uma ameaça à igreja de Roma. Para Lutero a salvação era uma questão de Fé e, portanto dependia de cada fiel, a igreja não era necessária, mas útil à salvação, sendo que as Escrituras Sagradas eram a única fonte de Fé. Lutero preservou apenas dois sacramentos: o Batismo e a Comunhão, acreditando que na eucaristia havia a presença real de cristo, porem sem transubstanciação. O culto foi simplificado, com a instrução e comunhão, substituindo o latim pelo alemão.

A Reforma Calvinista


João Calvino: Reforma na França


Na frança, João Calvino começou a reforma Luterana no ano de 1534. De acordo com Calvino a salvação da alma ocorria pelo trabalho justo e honesto. Essa idéia calvinista atraiu muitos burgueses e banqueiros para o calvinismo. Muitos trabalhadores também viram nesta nova religião uma forma de ficar em paz com sua religiosidade. Calvino também defendeu a idéia de predestinação (a pessoa nasce com sua vida definida).

A Reforma Anglicana


Na Inglaterra, o rei Henrique VIII rompeu com o papado, após este se recusar a cancelar o casamento do rei Henrique VIII funda o anglicanismo e aumenta seu poder e suas posses, já que retirou da Igreja Católica uma grande quantidade de terras. Por meio de um Ato de Supremacia tornou-se chefe da Igreja Anglicana. A Igreja Anglicana manteve uma hierarquia parecida com a da Igreja Católica. Já em termos doutrinários, aproximou-se da doutrina calvinista.

A Contra-Reforma Católica

Preocupados com os avanços do protestantismo e com a perda de fiéis, bispos e papas reúnem-se na cidade italiana de Trento (Concílio de Trento) com o objetivo de traçar um plano de reação. No Concílio de Trento ficou definido:
- Catequização dos habitantes de terras descobertas, através da ação dos jesuítas;
- Retomada do Tribunal do Santo Ofício – Inquisição: punir e condenar os acusados de heresias;
- Criação do Index Librorium Proibitorium (Índice de Livros Proibidos): evitar a propagação de idéias contraria a Igreja Católica.

Intolerância

Em muitos países europeus as minorias religiosas foram perseguidas e muitas guerras religiosas ocorreram, frutos do radicalismo. A Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), por exemplo, colocaram católicos e protestantes em guerra por motivos puramente religiosos. Na França, o rei mandou assassinar milhares de calvinistas na chamada Noite de São Bartolomeu.

Contra-Reforma

A reação católica contra o avanço protestante
Diante dos movimentos protestantes, a reação inicial e imediata da Igreja católica foi punir os rebeldes, na esperança de que as idéias reformistas não se propagassem e o mundo cristão recuperasse a unidade perdida. Essa tática, entretanto, não obteve bons resultados. O movimento protestante avançou pela Europa, conquistando crescente número de seguidores. Diante disso, ganhou força um amplo movimento de moralização do clero e de reorganização das estruturas administrativas da Igreja católica, que ficou conhecido como
Reforma Católica ou Contra-Reforma. Seus principais liderem foram os papas Paulo III(1534-1549), Paulo IV(1555-1559), Pio V(1566-1572) e Xisto V(1585-1590). Um conjunto de medidas foi adotado pelos lideres da Contra – Reforma, tendo em vista deter o avanço do protestantismo. Entre essas medidas, destacam-se a aprovação da ordem dos jesuítas, a convocação do Concilio de Trento e o restabelecimento da Inquisição.

Ordem dos Jesuítas

No ano de 1540, o papa Paulo III aprove a criação da ordem dos jesuítas ou Companhia de Jesus, fundada pelo militar espanhol Inácio de Loyola, em 1534. Inspirando-se na estrutura militar, os jesuítas consideravam-se os “soldados da Igreja”, cuja missão era combater a expansão do protestantismo. A criação de escolas religiosas também foi um dos instrumentos da estratégia dos jesuítas. Outra arma utilizada foi à catequese dos não-cristãos, com os jesuítas empenhando-se em converter ao catolicismo os povos dos continentes recém-descobertos. O objetivo era expandir o domínio católico para os demais continentes.

Concílio de Trento

No ano de 1545, o papa Paulo III convocou um concilio (reunião de bispos), cujas primeiras reuniões foram realizadas na cidade de Trento, na Itália. Ao final de longos anos de trabalho, terminados em 1563, o concilio apresentou um conjunto de decisões destinadas a garantir a unidade da fé católica e a disciplina eclesiástica. Reagindo às idéias protestantes, o Concilio de Trento reafirmou diversos pontos da doutrina católica, como por exemplo:

I. A salvação humana: depende da fé e das boas obras humanas. Rejeita-se portando a doutrina da predestinação.
II. A fonte da fé: o dogma religioso tem como fonte a Bíblia (cabendo à Igreja dar-lhe a interpretação correta) e a tradição religiosa (conservada e transmitida pela Igreja).
III. A missa e a presença de Cristo: a Igreja reafirmou que no ato da eucaristia ocorria a presença de Jesus no Pão e no Vinho. Essa presença real de Cristo era rejeitada pelos protestantes.
No ano de 1231, a Igreja católica havia criado os tribunais da Inquisição, que, com o tempo, reduziram suas atividades em diversos países. Entretanto, com o avanço do protestantismo, a Igreja reativou, em meados do século XVI, a Inquisição. Esta passou a se encarregar, por exemplo, de organizar uma lista de livros proibidos aos católicos, o Index librorum prohibitorum. Uma das primeiras relações de livros proibidos foi publicada em 1564.



Extraído Do Site:http://pt.wikipedia.org/wiki/Reforma_Protestante e http://www.suapesquisa.com/protestante/


Nomes:Nomes:Marcos Paulo,Bruna,Natasha,Lara,Laura e Thaune.

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