segunda-feira, 26 de abril de 2010

Feudalismo

O feudalismo foi um modo de organização social e político baseado nas relações servo-contratuais (servis). Tem suas origens na decadência do Império Romano. Predominou na Europa durante a Idade Média. Segundo o teórico escocês do iluminismo, Lord Kames, o feudalismo é geralmente precedido pelo nomadismo e em certas zonas do mundo pode ser sucedido pelo capitalismo. Os senhores feudais conseguiam as terras porque o rei dava-as para eles. Os camponeses cuidavam da agropecuária dos feudos e em troca recebiam o direito a um pedaço de terra para morar e também estavam protegidos dos bárbaros. Quando os servos iam para o manso senhorial, atravessando a ponte, tinham que pagar um pedágio, exceto quando iam cuidar das terras do Senhor Feudal.


Poder Político

Durante o predomínio do feudalismo , os governos centralizados da Europa Ocidental enfraqueceram-se . O poder político passo a ser dividido com os senhores feudais, detentores de grandes extenções de terras que governavam seus domínios exercendo autoridade administrativa, judicial e militar .


Suserania e Vassalagem

. Suserano - devia proteger militarmente seus vassalos e dar-lhes assistência juridica. Tinha direito de reaver o feudo do vassalo que morasse sem deixar herdeiros , de proibir o casamento do vassalo com pessoa que lhe fosse infiel etc .

. Vassalo - devia prestar serviço militar ao suserano, libertá-lo, caso fosse aprisionado por inimigos, comparecer ao tribunal presidido pelo suserano toda vez que fosse convocado etc . Recebia proteção militar do suserano .

FEUDO - palavra derivada do germânico febu (gado),significando um " bem oferecido em troca de algo " . Os feudos podiam ser uma extenção de terras , um castelo, uma quantia em dinheiro ou outros direitos .

Sociedade dividida

. Nobres (Bellatores, palavra latina que significa "guerreiros" ) - ordem dos detentores de terra, que se dedicavam basicamente ás atividades militares .

. Clero (Oradores, palavra latina que significa " rezadores " ) - ordem dos membros da Igreja católica, destacando-se os dirigentes superiores, como bispos, abades e cardeais .

. Servos (Laboratores, palavra latina que significa " trabalhadores " ) - compreedendo a maioria da população camponesa, os servos realizaram os trabalhos necessários á subsistência da sociedade .




Produção econômica

Na sociedade feudal predominou a população de bens agrícolas e pastoris, que tinham como principal unidade produtora o senhorio (extensão de terra) e como forma de trabalho, a servidão .

Divisão do Feudo

• Manso senhorial (domínio): uso exclusivo do senhor feudal.
• Manso servil: arrendada aos servos e dividida em tenências.
• Manso comunal: terras comuns (pastos, bosques, florestas).

. os campos abertos ( terras comunais ) : bosques e pastos de uso comum, em que os servos podiam recolher madeira, coletar frutos e soltar os animais - mais não podiam caçar ( um direito exclusivo do senhor )



  • Tributos e Impostos da Época


  • As principais obrigações dos servos consistiam em:


  1. Corveia: trabalho compulsório nas terras do senhor em alguns dias da semana;
  2. Talha:Parte da produção do servo que deveria ser entregue ao nobre
  3. Banalidades:tributo cobrado pelo uso de instrumentos ou bens do feudo, como o Moinho, o Forno, o Celeiro, as Pontes;
  4. Capitaçao: imposto pago por cada membro da família (por cabeça);
  5. Tostao de Pedro
  6. ou Dizimo: 10% da produção do servo era pago à Igreja, utilizado para a manutenção da Capela local;
  7. Censo: tributo que os vilões (pessoas livres, vila) deviam pagar, em dinheiro, para a nobreza;
  8. Taxa de Justiça: os servos e os vilões deviam pagar para serem julgados no tribunal do nobre;
  9. Formariage: quando o nobre resolvia se casar, todo servo era obrigado a pagar uma taxa para ajudar no casamento, era também válida para quando um parente do nobre iria casar.
  10. Mão Morta: Era o pagamento de uma taxa para permanecer no feudo da família servil, em caso do falecimento do pai ou da família.
  11. Albermagem: Obrigação do servo em hospedar o senhor feudal.
  12. Muitas cidades européias da idade media tornaram-se livres das relações servis e do predomínio dos nobres. Essas cidades chamavam-se burgos. Por motivos políticos, os "burgueses" (habitantes dos burgos) recebiam freqüentemente o apoio dos reis, que muitas vezes estavam em conflito com os nobres. Na língua alemã, o ditado Stadtluft macht frei ("O ar da cidade liberta") ilustra este fenômeno. Em bruges, por exemplo, conta-se que uma certa vez um servo escapou da comitiva do conde de Flandres e fugiu por entre a multidão. Ao tentar reagir e ordenar que perseguissem o fugitivo, o conde foi vaiado pelos "burgueses" e obrigado a sair da cidade, em defesa do servo, que se tornou livre deste modo.

Fonte de pesquisa : História Global Brasil e geral editora Saraiva escrito por Gilberto Cotrim .

www . Wikipédia.org/wik/feudalismo


Nomes:Laissa
Camila Morais
Camila Caroline
Mariana
Linda Inês


segunda-feira, 5 de abril de 2010

Heresias



Escultura de Gustaf Vasakyrkan em Estocolmo, “Os santos triunfam sobre a heresia”

Heresia é a doutrina ou linha de pensamento contrária ou diferente de um credo ou sistema de um ou mais credos religiosos que pressuponham um sistema doutrinal organizado ou ortodoxo. A palavra pode referir-se também a qualquer “deturpação” de sistemas filosóficos instituídos, ideologias políticas, paradigmas científicos, movimentos artísticos, ou outros. A quem funda uma heresia, dá-se o nome de heresiarca.

Algumas seitas consideradas heréticas pelo Catolicismo:

Jansenismo

Frontispício de Augustinus, de Cornelius Jansen, edição de 1640.



O jansenismo foi um movimento de caráter dogmático, moral e disciplinar, que assumiu também contornos políticos, que se desenvolveu principalmente na França e na Bélgica, nos séculos XVII e XVIII, em reação a certas doutrinas e práticas no seio da Igreja Católica. Tem esse nome por ter sua origem nas idéias do bispo de Ypres, Cornelius Jansen.

Podemos distinguir no jansenismo três diferentes aspectos, cada um deles representado por uma personalidade importante na história do jansenismo:

Dogmático - representado pela obra de Augustinus, de Jansen, e que incidia principalmente na doutrina sobre a graça e o pecado;

Moral – que dizia respeito, sobretudo aos sacramentos, nomeadamente a Eucaristia e a Penitência, e no qual encontramos em Antoine Arnauld o principal promotor;

Disciplinar – relativo, sobretudo à relação com as autoridades eclesiásticas, e que derivou num sentido político, cujo principal defensor foi o Abade de Saint-Cyran.

Puritanismo

Uma perfeita puritana, por E. Percy Moran.

O puritanismo designa uma concepção da fé cristã desenvolvida na Inglaterra por uma comunidade de protestantes radicais depois da Reforma. Segundo o pensador francês Alexis de Tocqueville, em seu livro A Democracia na América, trata-se tanto de uma teoria política como de uma doutrina religiosa.

A Revolução Puritana foi um movimento surgido na Inglaterra no século XVI, de confissão calvinista, que rejeitava tanto a Igreja Romana como a Igreja Anglicana.

As críticas à política da Rainha Isabel partiram de grupos calvinistas ingleses, que foram denominados puritanos porque pretendiam purificar a Igreja Anglicana, retirando-lhe os resíduos de catolicismo, de modo a tornar sua liturgia mais próxima do calvinismo.

Desde o início, os puritanos já aceitavam a doutrina da predestinação. O movimento foi perseguido na Inglaterra, razão pela qual muitos deixaram a Inglaterra, em busca de outros lugares com maior liberdade religiosa. Um grupo, liderado por John Winthrop, chegou às colinas da Inglaterra na América do Norte em abril de 1630.

Maniqueísmo

Representação de Maniqueus

Maniqueísmo, filosofia religiosa sincrética e dualística ensinada pelo profeta persa Mani (ou Manes), combinando elementos do Zoroastrismo, Cristianismo e Gnosticismo, condenado pelo governo do Império Romano, filósofos neoplatonistas e cristãos ortodoxos.

Filosofia dualística que divide o mundo entre Bem, ou Deus, e Mal, ou o Diabo. A matéria é intrinsecamente má, e o espírito, intrinsecamente bom. Com a popularização do termo, maniqueísta passou a ser um adjetivo para toda doutrina fundada nos dois princípios opostos do Bem e do Mal.

Donatismo

Santo Agostinho discutindo com os donatistas

Donatismo foi uma seita religiosa cristã, considerada herética e cismática pelo catolicismo. Surgiu nas províncias do Norte de África na Antiguidade Tardia. Iniciou-se no início do século IV e foi extinta no final do século VII. Os autores que mais influenciaram os donatistas, em termos de doutrina religiosa, foram São Cipriano, Montano e Tertuliano.

Assim como o Novacianismo, fundado pelo Antipapa Novaciano no século III, os donatistas eram rigorosos, e sustentavam que a Igreja não devia perdoar e admitir pecadores, e que os sacramentos, como o batismo, administrados pelos traditores (cristãos que negaram sua fé durante a perseguição de Diocleciano em 303-305 e posteriormente foram perdoados e readmitidos na Igreja) eram inválidos.

Provavelmente, em 311, um novo bispo de Cartago que seria um traditor; foi consagrado, seus adversários então consagraram uma bispo rival, que foi sucedido por Donato, de quem o cisma foi nomeado. Em 313, uma comissão nomeada pelo Papa Melquíades condenou os donatistas, mas eles continuaram a existir, e consideravam-se a única igreja verdadeira.

Catarismo

Expulsão dos Cátaros de Carcassonne

O Catarismo (do grego καϑαρός [katharós], "puro") foi uma seita cristã politeísta, principal motivo pelo qual foi considerada como heresia, surgida no Languedoc e no norte da península Itálica ao final do século XI. As suas idéias constituiam-se num amálgama de conceitos cristãos, gnósticos e maniqueístas. Alguns historiadores indicam a sua formação a partir do século VII quando heréticos daquelas correntes, oriundos do Oriente Médio e do Norte da África, migraram para aquelas regiões da Europa diante da expansão muçulmana; outros, entretanto, afirmam que seriam fruto da expansão das heresias dos Bogomilos (Reino dos Búlgaros) e dos paulicianos (Oriente Médio).

Tribunais da Inquisição

A Inquisição foi criada inicialmente para combater o sincretismo entre alguns grupos religiosos, que praticavam a adoração de plantas e animais e utilizavam mancias. A Inquisição medieval, da qual derivam todas as demais, foi fundada em 1184 no Languedoc (sul da França) para combater a heresia dos cátaros ou albigenses. Em 1249, implantou-se também no reino de Aragão, como a primeira Inquisição estatal) e, já na Idade Moderna, com a união de Aragão e Castela, transformou-se na Inquisição espanhola (1478 - 1821), sob controle direto da monarquia hispânica, estendendo posteriormente sua atuação à América. A Inquisição portuguesa foi criada em 1536 e existiu até 1821). A Inquisição romana ou "Congregação da Sacra, Romana e Universal Inquisição do Santo Ofício" existiu entre 1542 e 1965. A idéia da criação da Inquisição surgiu em 1183, quando delegados enviados pelo Papa averiguaram a crença dos cátaros de Albi, sul de França, também conhecidos como "albigenses", que acreditavam na existência de um deus do Bem e outro do Mal, Cristo seria o deus do bem enviado para salvar as almas humanas, após a morte as almas boas iriam para o céu, enquanto as más iriam praticar metempsicose. Isto foi considerada uma heresia e no ano seguinte no Concílio de Verona, foi criado o Tribunal da Inquisição.

O Papa Gregório IX, em 20 de Abril de 1233, editou duas bulas que marcam o reinício da Inquisição. Nos séculos seguintes, ela julgou, absolveu ou condenou e entregou ao Estado vários de seus inimigos propagadores de heresias. A bula Licet ad capiendos (1233), a qual verdadeiramente marca o início da Inquisição, era dirigida aos dominicanos inquisidores: Onde quer que os ocorra pregar estais facultados, se os pecadores persistem em defender a heresia apesar das advertências, a privá-los para sempre de seus benefícios espirituais e proceder contra eles e todos os outros, sem apelação, solicitando em caso necessário a ajuda das autoridades seculares e vencendo sua oposição, se isto for necessário, por meio de censuras eclesiásticas inapeláveis. A privação de benefícios espirituais era a não administração de sacramentos aos heréticos, que caso houvesse ripostação deveria ser chamada a intervir a autoridade não religiosa (casos de agressão verbal ou física). Se nem assim a pessoa queria arrepender-se era dada, conscientemente, como anátema (reconhecimento oficial da excomunhão): "censuras eclesiásticas inapeláveis".

O uso da tortura era, de fato, bastante restrito e, aos poucos, foi sendo extinto dos processos inquisitoriais. Esta era apenas autorizada quando já houvesse meia-prova, ou quando houvesse testemunhas fidedignas do crime, ou então, quando o sujeito já apresentasse antecedentes como má fama, maus costumes ou tentativas de fuga. E ainda assim, conforme o Concílio de Viena, de 1311, obrigava-se os inquisidores a recorrerem à tortura apenas mediante aprovação do bispo diocesano e de uma comissão julgadora, em cada caso. Também é sabido que a tortura aplicada pela Inquisição era mais branda que a aplicada pelo poder civil, não sendo permitida, de forma alguma, a amputação de membros (como era comum na época) e o risco à vida. A tortura era um meio incluído no interrogatório, sobretudo nos casos de endemoninhados ou de réus suspeitos de mentira.


Nomes do grupo: Gustavo Alves,Maria Paula,Leonardo,Matheus,Ailton,Harrison.

Conteúdo retirado de:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Jansenismo

http://pt.wikipedia.org/wiki/Puritanismo

http://pt.wikipedia.org/wiki/heresia

http://pt.wikipedia.org/wiki/Maniqueísmo

http://pt.wikipedia.org/wiki/Donatismo

http://pt.wikipedia.org/wiki/Catarismo

http://pt.wikipedia.org/wiki/Inquisi%C3%A7%C3%A3o